martes, 24 de abril de 2012

Uma Escapada...


Revendo fotos de uma vez, que acabei passando dois dias em Bergamo e Milao, quase que por acidente, encontrei algumas tao lindas, que pensei documentá-lo...
Viajava para visitar uma amiga em Colonia, mas falharam os horários da volta e tive que “desviar-me” dois dias pela Itália, o que foi tao lindo como a visita mesmo, duas viagens em uma...

Disfrutei muito, pois era tudo tao incerto, que acabou sendo uma aventura.
Viajar, pra mim, sempre é maravilhoso. É uma das coisas que fazem a minha vida mais Vida. Uma interrupçao da rotina, parada para revisar-me, repensar-me e, muitas vezes, reposicionar-me...E adoro viajar acompanhada, mas quando vou sozinha, parece que a ocasiao para isto é ainda melhor.
Ver outra gente, outros hábitos, comidas; falar outro idioma, caminhar sem parar, olhar, ver, maravilhar-me...

O aviao ia a pouca altura, o que permitia ir reconhecendo o trajeto: primeiro as ilhas de Mallorca e Menorca, depois a costa sul da França, Mônaco, os Alpes ao longe, o norte da Itália... Tudo incrivelmente claro...

Bergamo é uma cidadezinha lindíssima. Eu já tinha estado lá uma vez e sempre quiz voltar e, por um imprevisto, lá estava eu outra vez.
A parte antiga está sobre um pequeno monte, circundada por uma fortificaçao medieval. Se sobe com um trenzinho funicular. E, dentro, está toda a cidade antiga com parte do castelo, a Catedral, que é a Basílica de Santa Maria Maior, ruas estreitas e labirínticas, parece que se viaja a outros tempos... Acho que é uma jóia histórica.
E o dia seguinte passei em Milao, caminhando sem parar – “Duomo”, parques, el Castelo Sforzesco, el teatro Scalla e muuuitas igrejas.
E tive tanta sorte, que consegui uma entrada para apreciar, naquela mesma noite, La Traviatta no Teatro Scalla. Emoçao pura!! Uma maravilha!

Na verdade, aquela viajem foi um percalço que acabou em presente!
Uma escapada é como um sopro de Vida.

Aqui seguem algumas fotos:

Alpes-- Norte da Itália
Bérgamo
Ruas de Bérgamo


Vista do bairro alto à parte baixa de Bérgamo
Igreja Nossa Senhora Maior-- Bérgamo


"Il Duomo", a Catedral de Milao

Detalhe Galeria Vittorio Emanuele
Basílica de Sao Ambrósio

Detalhe teto Basílica de Sao Ambrósio
Teatro Scalla


Parque do Castalo Sforzesco



miércoles, 18 de abril de 2012

Domingos




Con el tiempo, nuestros paseos de domingo se hicieron imprescindibles…
Creo que, al vivir en una isla, son la salida que encontraron nuestras “almas viajeras” para volar…
Además Ibiza es tan bella y tan múltiple, para lo pequeñita que es, que nos llena el alma con su luz, sus colores, olores y texturas.
Después de un bocadillo en Santa Gertrudis, un café  en San Carlos, nos vamos cada domingo sin rumbo por ahí.


En invierno el campo tan verde contrastando con la tierra roja, el cielo azul, los almendros en flor; olor a pino, romero y tomillo.
Luego, la primavera como una explosión de colores, flores y más olores…
Es apasionante mirar los campos polvoreados de amapolas rojas y margaritas.
El cielo de abril con sus nubes blanco-algodón, alguna tormenta perdida, el primer baño para los atrevidos, largos paseos… el azul  profundo...mediterráneo.
Y así, con el alma recargada, volvemos a casa llenos de sol y luz, como si lejos hubiéramos ido…




sábado, 14 de abril de 2012

"En el poema reconocía que estaba unido a todos aquellos hombres por un amor secreto y un odio evidente
e intentaba calmar su confusión mental gracias a la palabra "celos", que unificaba ambos sentimientos y que era el título del poema, pero además aclaraba que el problema era mucho más profundo:
Ka sentía que, pasado el tiempo, las almas y las voces de aquellos hombres se habían introducido en su interior."

Del libro "NIEVE", de Orhan Pamuk.
"Tanto solos como juntos,
todos estes personajes de mi pasado se han sacudido la mugre acumulada sobre su espalda
para desplegar su plumaje rojo y dorada,
antes de desprender vivamente el vuelo hacia el gran espacio azul,
decorando así el cielo de mis hijos,
revelándoles que un horizonte oculta siempre otro
y que es así hasta el infinito,
hasta la indescible belleza del renacimiento..."

Del libro "RU", de Kim Thúy.

miércoles, 11 de abril de 2012

"Ka" e eu.

“Ahora que llevamos unos años por el mundo (…) y nos damos cuenta de que ni tuvimos mucho éxito,
 ni somos demasiado felices, podemos estar de acuerdo de que la vida es dura.”
“Nieve” (O. Pamuk)

Já fazem uns anos… Me lembro perfeitamente do dia em que tive este mesmo sentimento e me dei conta de que a alegria de cada dia dependia exclusivamente de mim.
Deixei de pensar que a felicidade era algo aleatório, que “cai do céu” como um presente e depende da sorte de alguns, ou azar de outros, para perceber que, ao contrário, era algo totalmente intrínseco a cada um, cem por cento dependente das nossas açoes ou pensamentos.
E isto me fez sentir, ao mesmo tempo, sozinha e liberada.
Sozinha, pois o “ser feliz” é resultado do esforço e da intençao de cada dia.
Da energia e do amor que ponho em cada açao, tenho a minha satisfaçao e as alegrias, o que, sem dúvida, se propaga pelo entorno. É a lei da "açao e reaçao", todas as minhas açoes têm uma repercussao, imediata ou nao, e tudo aquilo que é feito com amor, devolve amor...
E “liberada” dos meus sonhos juvenís de mudar o mundo... de cambiar os outros, para que sejam mais ou menos felizes, pois nao depende de mim.
Acho que quando nos sentimos “fracassados”, um a mais na multidao, desvestidos de nossos títulos e papéis, um grao de areia na praia... uma estrela no firmamento... nos vemos como realmente somos.
Me emociona este poder que tem a literatura de que, através de um encontro com os personagens de uma obra, conheçamos um pouco mais a nós mesmos.