miércoles, 11 de abril de 2012

"Ka" e eu.

“Ahora que llevamos unos años por el mundo (…) y nos damos cuenta de que ni tuvimos mucho éxito,
 ni somos demasiado felices, podemos estar de acuerdo de que la vida es dura.”
“Nieve” (O. Pamuk)

Já fazem uns anos… Me lembro perfeitamente do dia em que tive este mesmo sentimento e me dei conta de que a alegria de cada dia dependia exclusivamente de mim.
Deixei de pensar que a felicidade era algo aleatório, que “cai do céu” como um presente e depende da sorte de alguns, ou azar de outros, para perceber que, ao contrário, era algo totalmente intrínseco a cada um, cem por cento dependente das nossas açoes ou pensamentos.
E isto me fez sentir, ao mesmo tempo, sozinha e liberada.
Sozinha, pois o “ser feliz” é resultado do esforço e da intençao de cada dia.
Da energia e do amor que ponho em cada açao, tenho a minha satisfaçao e as alegrias, o que, sem dúvida, se propaga pelo entorno. É a lei da "açao e reaçao", todas as minhas açoes têm uma repercussao, imediata ou nao, e tudo aquilo que é feito com amor, devolve amor...
E “liberada” dos meus sonhos juvenís de mudar o mundo... de cambiar os outros, para que sejam mais ou menos felizes, pois nao depende de mim.
Acho que quando nos sentimos “fracassados”, um a mais na multidao, desvestidos de nossos títulos e papéis, um grao de areia na praia... uma estrela no firmamento... nos vemos como realmente somos.
Me emociona este poder que tem a literatura de que, através de um encontro com os personagens de uma obra, conheçamos um pouco mais a nós mesmos.

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