viernes, 23 de marzo de 2012

Fora do tempo


Justo numa época em que andava pensando muito sobre a forma como percebemos o tempo, me chegou às maos (e nao acredito em coincidências) um livro – O Museu da Inocência – de Orhan Pamuk, onde baralhava as mesmas idéias, que me inspiravam...
Vivemos na rotina do nosso dia a dia, guiados por um tempo de relógio, regido pelo nosso sol, as estaçoes, os dias, etc., o que constitui a noçao de tempo que temos de toda a vida.
Mas existem uns momentos mágicos, independentes do tempo real, aos que chamo “momentos de eternidade”, onde parece que saímos por um instante de nós mesmos, para introduzir-nos em outro universo.
E, pode ser alguém, uma música, um por de sol, uma palavra, um sorriso, qualquer coisa..., que nos transporta para fora (ou para dentro?) de nós mesmos.
Creio, que sao momentos em que estamos cem por cento presentes, de corpo e alma. Instantes que sao eternos (“o mundo para”...) e, às vezes até parece que se conectam entre si, mesmo que entre um e outro tenham passado dias, ou meses... Às vezes depois de estarmos meses longe de alguém querido, o reencontramos e, depois de uns minutos, “parece que nos tínhamos visto ontem”.
Assim, entendo como se fossem duas dimensoes diferentes de tempo: em uma este é linear, o tempo horário, e na outra sao como pontos isolados, que poderiam estar unidos atravéz desta linha.
Creio, que temos que buscar estes momentos, cultivar este lado mágico da vida... Até me atrevo a achar, que estes momentos sao a verdadeira Vida. O resto... é pra entreter-nos...

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